A prefeita de Campos acaba de editar mais um decreto, agora o de número 454, que reduz em 10 por cento todos os convênios firmados pela Municipalidade, com uma única ressalva para as Obras. A medida foi adotada justamente quando há na sociedade uma discussão aberta sobre a crise financeira visível da prefeitura, cujo marco regulatório, ao que parece, foi a exoneração ainda não explicada do então secretário de Finanças e de todo sua equipe. O que deu a entender que, embora o governo insiste em negar, temos , realmente, um descontrole orçamentário.
Dessa vez, o governo não poderá exercitar seu esporte preferido: atribuir aos governos passados todas as mazelas, transferir suas culpas. Isto porque, segundo relatório do próprio Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, sua excelência, em 2009, herdou da administração que a antecedeu 120 milhões de reais em caixa. Sem poder responsabilizar a Oposição jogou a autoria do caos sobre o mercado internacional. Agora os responsáveis são os líderes europeus e o presidente americano, Barack Obama.
No entanto, é preciso avivar a memória oficial. Muito antes da anunciada crise mundial, a administração municipal já dava sinais evidentes de falências pontuais. As reformas de praça, por exemplo, se arrastaram por mais de 6 meses e algumas ainda estão cercadas de tapumes intocadas; a obra de maquiagem da beira valão, orçada em 18 milhões de reais e já aditivada caminha à passos de tartaruga há quase dois longos anos, sem previsão de inauguração; o Cepop que seria para o carnaval deste ano, ficou para o mês de agosto e agora, provavelmente, se não chover, ficará para outubro(?). Isso sem falar das prometidas 10 mil casas em 4 anos. Se isso não é estelionato eleitoral, é quebradeira mesmo.
O decreto, como se vê, tenta esconder o que a população percebe e sente. Os que procuram médicos e não acham, os que tentam conseguir fraldas e não conseguem, enfim a base da sociedade. E revela o óbvio: o governo se endividou além de sua capacidade de pagamento. O problema é que esta gestão é arrogante demais para admitir seu erro e o que é pior, acha que não deve explicações a ninguém.
Ilsan Viana – vereadora PDT
Artigo publicado neste sábado (20) pela Folha da Manhã
Dessa vez, o governo não poderá exercitar seu esporte preferido: atribuir aos governos passados todas as mazelas, transferir suas culpas. Isto porque, segundo relatório do próprio Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, sua excelência, em 2009, herdou da administração que a antecedeu 120 milhões de reais em caixa. Sem poder responsabilizar a Oposição jogou a autoria do caos sobre o mercado internacional. Agora os responsáveis são os líderes europeus e o presidente americano, Barack Obama.
No entanto, é preciso avivar a memória oficial. Muito antes da anunciada crise mundial, a administração municipal já dava sinais evidentes de falências pontuais. As reformas de praça, por exemplo, se arrastaram por mais de 6 meses e algumas ainda estão cercadas de tapumes intocadas; a obra de maquiagem da beira valão, orçada em 18 milhões de reais e já aditivada caminha à passos de tartaruga há quase dois longos anos, sem previsão de inauguração; o Cepop que seria para o carnaval deste ano, ficou para o mês de agosto e agora, provavelmente, se não chover, ficará para outubro(?). Isso sem falar das prometidas 10 mil casas em 4 anos. Se isso não é estelionato eleitoral, é quebradeira mesmo.
O decreto, como se vê, tenta esconder o que a população percebe e sente. Os que procuram médicos e não acham, os que tentam conseguir fraldas e não conseguem, enfim a base da sociedade. E revela o óbvio: o governo se endividou além de sua capacidade de pagamento. O problema é que esta gestão é arrogante demais para admitir seu erro e o que é pior, acha que não deve explicações a ninguém.
Ilsan Viana – vereadora PDT
Artigo publicado neste sábado (20) pela Folha da Manhã
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