06/11/2011

E a Educação?

Os principais gestores do mundo afirmam, sem pensar duas vezes, que investir na Educação é a melhor forma de obter grandes transformações. Porém, para alguns políticos, as prioridades são outras. Em nossa cidade, que possui o 5º maior maior Orçamento do país, o índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é o segundo pior do Brasil, com nota 3,2. Mas será que é possível esperar sensibilidade de figuras públicas que não obedecem determinações judiciais, acampam em um prédio público e se acham acima do bem e do mal?

Recentemente, o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) distribuiu uma cartilha com protestos contra a prefeita. A publicação trouxe alguns temas: “Fundeb é uma coisa. Salário é outra”, “Concursados X Contratados”, “Escolas do Medo”, “Fechar Escola: um crime”, “Remanejamento de professores” e “Ela não está nem aí!”. “Entendemos que o diálogo é fundamental em qualquer relação. A prefeita de Campos parece pensar diferente, pois não recebe a entidade que legitima e representa os profissionais da Educação”, diz a cartilha, informando que em recente manifestação a prefeita não recebeu os representantes do Sindicato. Por que os aliados da prefeita não aprovam, na Câmara, um requerimento convocando uma grande Audiência Púbica para se debater, no Legislativo, a Educação em nosso município? Será que o governo da transparência e da mudança tem medo de ouvir os professores? A realidade é bem diferente do mundo da fantasia mostrado nas propagandas da Prefeitura.

Durante o governo Arnaldo Vianna, entre as principais ações estava o investimento no profissional. O ex-prefeito percebeu que a cidade necessitava de investimentos na formação inicial e continuada de professores. Além disso, deu passos importantes para que as Universidades pudessem viabilizar a implementação de projetos, através de pesquisas em parcerias com escolas municipais, discutindo-se o impacto das políticas públicas de qualidade para a formação inicial e continuada de professores da rede pública. Ao criar, há cerca de 10 anos, um dos primeiros projetos de inclusão digital do Brasil, o “Navegar é Preciso”, o governo Arnaldo Vianna disponibilizou internet não apenas nos núcleos do Navegar, mas em todas as escolas da rede municipal. Outra iniciativa foi a Bienal do Livro, que colocou a nossa cidade entre as principais do país neste tipo de evento. Além disso, alunos da rede municipal ganhavam livros e participavam ativamente do mundo da literatura.

Hoje, o “Navegar é Preciso”, que oferecia internet e cursos gratuitamente, foi sepultado. A Bienal só não foi sepultada porque, no ano passado, o prefeito interino Nelson Nahim se esforçou muito. Assim é o atual governo. Paisagismo milionário, software milionário, propagandas milionárias e Educação em segundo plano.

Ilsan Viana — Vereadora 

Artigo publicado ontem (05) pela  Folha da Manhã 

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