15/05/2010

PSF: ATÉ QUANDO SEM SOLUÇÃO?

O programa Saúde da Família, em Campos iniciado na primeira gestão do então prefeito, Arnaldo Vianna (PDT) estruturou-se como um modelo humanizado e eficiente de saúde preventiva de maior eficiência e resolutividade. Foi, incontestavelmente, responsável por milhares de atendimentos e socorros, um eficaz reforço da saúde pública municipal.

O vínculo dos pacientes com os profissionais, o atendimento em sua própria casa, evitando não só a sobrecarga na rede, mas principalmente protegendo o paciente, diminuindo as internações e consequentemente riscos de infecções hospitalares se constituíram em um modelo tão eficiente que o Ministério da Saúde o transformou em Estratégia Saúde da Família, integrando as ações básicas.

No segundo governo de Arnaldo, o PSF foi ampliado e passou a cobrir, praticamente, toda a extensão municipal. Equipes montadas com agentes de saúde familiarizados com suas respectivas regiões cruzavam a cidade, de ponta a ponta, levando à população o atendimento primário e, em muitos casos, fazendo acompanhamento de doentes crônicos Posteriormente, na gestão que sucedeu o período do prefeito Arnaldo Vianna, houve a ação do Ministério Público por suposta malversação de recursos e a sentença judicial que extinguiu o programa e exigiu a realização do concurso público.

Desde então, a sociedade se vê privada desse benefício incalculável. O que se esperava, no entanto, era que a ação judicial colocasse fim nos anunciados desmandos e recolocasse o programa de volta aos trilhos. Mas isso não ocorreu. A população desassistida continua sem contar com a prestimosa ajuda do PSF. O povo, em última instância, é quem acabou amargando a punição mais severa.

Tudo isso porque o atual governo é leniente. O fato concreto é que, hoje, temos nas mãos dos gestores a solução para o drama provocado com o fim do PSF. Campos é um dos raros municípios do Brasil a não contar com o reforço desse programa.

A Justiça está fazendo sua parte. Julgou a ação do Ministério Público e determinou a sentença, recomendou à realização do concurso, o que, efetivamente, ocorreu, e o Ministério Público Federal já sinalizou que o retorno do programa depende exclusivamente da homologação do concurso público realizado em 2008, restando, como se vê, a vontade política do governo municipal em homologar o resultado e chamar os aprovados para que o PSF seja reeditado e cumpra com sua finalidade.

Artigo publicado na edição desta sábado no Jornal Folha da Manhã

Um comentário:

Lilian disse...

É preciso que se venda muito óleo de peroba em Campos, a cara deste sujeito não queima não? Dizer que estão tentando retomar o programa(PSF) há um ano.... quando na verdade entraram com liminar para interromper o processo seletivo, e ainda por cima descuprem todas as determinções judiciais em torno do retorno do mesmo! Não aguento mais tanta mentira!
É preciso que esta corja seja desmascarada Ilsan!
Veja isto!!
Abraços!
http://www.campos24horas.com.br/site/regiao/entrevista/