Na semana que passou os concursados do Programa Saúde da Família convocados pela Secretaria Municipal de Saúde, já treinados e em pleno exercício em três unidades, fizeram uma manifestação porque ainda não receberam seus salários e alguns enfrentam sérias dificuldades, uma vez que tiveram que abrir mão de seus antigos vínculos funcionais para atuarem no Programa. O fato é revelador e expõem algumas questões que exigem uma resposta imediata dos órgãos de fiscalização do Município, principalmente, da Câmara Municipal.
A sociedade sabe que este governo trata com a maior má vontade o Programa Saude da Família, à despeito de sua importância e sua comprovada eficiência na Medicina preventiva. A população acompanhou a novela que foi a convocação dos aprovados, depois que o prefeito interino, Nelson Nahim, homologou o concurso, decisão que foi abertamente recusada pela prefeita. Desde então, a chamada dos aprovados foi à conta-gotas e assim mesmo para, apenas, 3 postos, o que reduz drasticamente os efeitos da ação dos agentes de Saúde.
Não custa lembrar que o concurso para acesso ao Programa Saúde da Família, em Campos, foi uma exigência legal, uma decisão expressa do Judiciário, considerando que há uma enorme demanda, no Município, sobretudo nos bairros periféricos e, principalmente, um número considerável de idosos que já enfrentam problemas de locomoção para buscar socorro nas Unidades Básicas de Saúde. Pois bem, qual a impressão que fica com o descaso do governo em relação dos funcionários do PSF? No mínimo, que a administração está protelando intencionalmente as medidas efetivas para o pleno restabelecimento do Programa. Se isso não é desobediência civil, é negligência com a Saúde Pública.
Para tentar esclarecer a situação do Programa, o colega vereador Matoso encaminhou um requerimento de informações à mesa diretora da Câmara. Eu mesma já havia tomado esta iniciativa antes e nos dois casos, a bancada governista agiu prontamente para derrotar os pedidos de informações em plenário. É um governo que não faz o dever de casa e se dá ao desplante não dar satisfações à sociedade. Diante disso, só nos resta levar o caso ao Ministério Público e cobrar as providências que a população exige.
Ilsan Viana – Vereadora - PDT
Artigo publicado no Jornal Folha da Manhã neste sábado - 02/07/11
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