25/12/2011

Não esquecemos


Prometer é a coisa mais fácil do mundo. Qualquer pessoa pode subir em um palanque e afirmar que vai mudar tudo e transformar algo ruim em uma maravilha. Em 2008, a atual prefeita de Campos se intitulou como a “candidata da mudança”. Hoje, bem próxima de entrar no último ano do mandato, é possível notar que muitas promessas ficaram no papel. No site “Não esquecemos, prefeita” (www.naoesquecemos.hd1.com.br), todo o programa de governo pode ser conferido pelos internautas. Entre os itens disponíveis podemos acompanhar o programa para a área de Ciência e Tecnologia. Tentando demonstrar que não faria um governo populista, ela lembrou em seu programa que Campos reúne todas as condições para ser uma referência na área de ciência e tecnologia e citou instituições de ensino superior e pesquisa e/ou de desenvolvimento tecnológico (UENF, IFF, UFF, Pesagro, Fenorte, Faetec, Laboratório de Certificação de Cerâmica, etc.). Segundo a então candidata, o que faltava era uma interação do poder público e seus órgãos de fomento e investimento com estas instituições. Hoje, com três anos de governo, essa interação ficou no papel. O governo municipal continua priorizando as ações assistencialistas e deixando de lado o investimento no futuro. Em seu programa ela promete “Criar as condições para transformar Campos num Pólo Tecnológico, firmando parcerias com o setor empresarial e acadêmico”. Isso foi feito? Não! “Firmar parcerias com a Faperj, CNPq e Finep para obtenção de recursos que serão aplicados em programas estratégicos que objetivem o desenvolvimento, com geração de emprego e renda”. Isso foi feito? Não! “Apoio ao funcionamento imediato da Biofábrica, em parceria com a UENF e UFRRJ, com vistas à dinamização e desenvolvimento da fruticultura”. Isso foi feito? Não! “Criar, em parceria com as universidades, o Museu de Ciências, com objetivo de divulgar as atividades dos pesquisadores e projetos de estudantes, fazendo a comunidade acadêmica na área de ciências interagir com a comunidade, principalmente os alunos do ensino básico, possibilitando a motivação e elevação da auto-estima da juventude e proporcionando aos estudantes não universitários a abertura de horizontes para as escolhas profissionais que deverão fazer”. Isso foi feito? Não!
O mesmo governo que hoje protesta contra a possibilidade de redistribuição dos royalties não moveu uma palha para tornar a cidade menos dependente dos recursos. Os órgãos técnicos citados no programa de governo apresentado em 2008 continuam distantes deste grupo que gasta muito com propaganda, adora assistencialismo e não pensa no futuro. E ao comtrário desse governo, que se esquece de tudo, não posso esquecer de desejar um Feliz Natal aos que me acompanham aqui neste espaço e torcer para que esse espírito natalino ilumine nossas mentes não só no dia de Natal, mas em todos os dias do próximo ano.

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