“Um homem morreu carbonizado em um acidente entre um caminhão e um carro de passeio na BR-101, em Campos dos Goytacazes.O acidente foi no início da madrugada desta quarta-feira (8) entre um Astra azul e um caminhão, perto do bairro Aeroporto. Depois de bater de frente e ficar preso embaixo do caminhão, o carro pegou fogo.O motorista do carro, com placa de Cardoso Moreira, no noroeste do Estado, morreu na hora. O do caminhão, Bruno de Faria, de 24 anos, foi atendido no local e liberado em seguida.”(R7 – 09/02/2011, às 10h50). “Quatro pessoas, entre elas uma criança de 5 anos, morreram num grave acidente na BR-101, em Macaé, no Norte Fluminense. O acidente foi por volta das 6h20 desta quinta-feira (3). Uma carreta que transportava farinha de trigo do Rio de Janeiro para o Espírito Santo foi atingida, segundo o motorista da carreta, numa curva, por um carro que seguia no sentido contrário.” (G1 – 03/02/2011, às 12h55) . Basta abrirmos os jornais todos os dias para depararmos com notícias de acidentes na BR101. A rodovia que ganhou a nada honrosa insígnia de “rodovia da morte”, atravessa 12 estados brasileiros e tem nesta extensão vários trechos com buracos na pista, acessos clandestinos e má sinalização. Para tentar livrá-la desse rótulo, conquistado graças ao assombroso número de acidentados que faz anualmente, o trecho que também corta a nossa cidade foi privatizado. Os motoristas que trafegam pelo trecho fluminense da BR-101, que vai da Ponte Rio-Niterói até a divisa com o Espírito Santo, têm mais gastos ao viajar pela via. A concessionária Autopista Fluminense que visa estabelecer condições especiais de tráfego melhorou a pista e a assistência aos usuários, também não poderia ser diferente se nós pagamos para estes serviços. O Ministério dos Transportes já sabe que entre as providências, recomenda-se em caráter de urgência: redução da velocidade máxima permitida em alguns trechos, 80km/h para veículos leves e 60km/h para pesados; aumento da distância entre os carros, considerando-se o dobro da regulamentar; proibição de ultrapassagem para veículos pesados, dos tipos caminhões e ônibus; melhorias da sinalização e sua manutenção; utilização de tachões (obstáculos para impedir a ultrapassagem, entre uma faixa e outra) particularmente nas travessias urbanas; fechamento de todos os acessos clandestinos e revisão dos concedidos; distribuição da densidade de tráfego pesado ao longo das 24 horas do dia, exceto dos ônibus, por número de placas; e criação de bolsões de estacionamento obrigatório para caminhões. A expectativa, com essas medidas, é que se reduza o número mensal de acidentes e mortes na estrada. A velocidade de pôr em prática todas essas providências não é a mesma que mata dezenas de pessoas por semana. O trecho que corta o nosso município é estratégico e vital à economia nacional, pois integra dois estados de extrema importância, conseqüentemente, o tráfego é constante e enorme, muito além daquele ao qual a estrada foi projetada. Neste período de férias triplica o tráfego na BR 101 e toda a atenção por parte dos motoristas também não deve ser descartada. Vamos dirigir para termos uma Rodovia da Vida e não para aumentarmos o índice na Rodovia da Morte.
Artigo publicado no Jornal
Folha da Manhã
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