Os bancos voltam ao funcionamento normal hoje com o encerramento da greve dos vigilantes que durou quase 40 dias nos municípios das regiões Norte e Noroeste Fluminense. A categoria suspendeu a greve com esperança de obter resultado favorável no dissídio coletivo que será julgado nesta quarta-feira, na Seção Especializada em Dissídios Coletivos (Sedic) do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Rio.
A suspensão da greve ocorreu em assembléia realizada na última sexta-feira, mesmo dia em que os vigilantes de Nova Friburgo, Volta Redonda e Rio de Janeiro encerraram a paralisação.
Com o fim da greve, os vigilantes que atuam em locais como universidades já voltaram a trabalhar na noite da última sexta-feira. Para o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Campos e regiões Norte e Noroeste Fluminense, Luiz Carlos Rangel da Rocha, o movimento da categoria foi satisfatório.
— A greve começou no Norte do Estado e avançou por todo o estado do Rio de Janeiro. Mesmo com a suspensão da greve em outras regiões, nossa decisão foi independente. Considero positiva a greve, pois mostramos que temos força, ao conseguirmos a adesão de toda a categoria — disse.
Sobre o julgamento do dissídio coletivo, o presidente do Sindicato espera que a categoria seja atendida. “As mais de 40 cláusulas da Convenção Coletiva da categoria serão analisadas por 20 desembar-gadores e estamos com esperança de que nossas reinvindica-ções sejam atendidas ”, disse o sindicalista.
Para o julgamento do dissídio coletivo, Luiz Carlos Rocha disse que um grupo de vigilantes do Norte e Noroeste Fluminense será enviado ao Rio de Janeiro amanhã, onde a categoria vai participar de uma vigília em frente ao prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) até quarta-feira.
Salário — Sobre as cláusulas da Convenção Coletiva, Luiz Carlos Rocha mencionou que o salário pago aos vigilantes no estado do Rio, R$800, não é satisfatório. Segundo ele, o estado do Rio está em 16º lugar no ranking nacional da categoria.
Agências abriram por força de liminares
Durante a greve, algumas decisões judiciais forçaram a reabertura das agências bancárias.
Um exemplo foram as liminares, no dia 19, da 1ª Vara Cível de Campos que determinavam a abertura de cinco agências centrais dos bancos do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander e HSBC. Já na última quarta-feira, uma liminar foi expedida pelo juiz Tiago Pereira Macafiel, da 2ª Vara Federal de Campos, liberando a abertura da agência da Caixa do Calçadão para o atendimento de todos os programas social do Governo Federal.
A ação de dissídio coletivo foi ajuizada pelo Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Rio de Janeiro (Sindesp-RJ), que representa os empregadores, com o início da paralisação dos vigilantes, no dia 23 março, em Campos e região.
Tumulto — Na semana passada, várias agências que reabriram por força de liminar, registraram tumulto no atendimento. Na Agência da Caixa Econômica Federal, situada no Boulevard Francisco de Paula Carneiro, centenas de pessoas formaram filas em diversos horários para conseguir uma senha para atendimento. A expectativa é que a situação seja normalizada nos próximos dias.
Matéria Folha da Manhã
Um comentário:
parabens vejo que os vigs foram guerreiros. mas aqui em angra o sindicato é muito fra que nunca ocorreu uma greve. pegar carona nas costas dos outros é muito facil mas coragem pra ir a luta como é tao dificil!
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